30/08/08

Esperar...


Por ti espero
Sentado na solidão
No silêncio… nas horas
De boca seca e lábios ásperos
Por chamar teu nome desconhecido.
Por ti espero
E nem sei bem se vale a pena
Perdido… sufocado, simplesmente
Aconchegado no meu manto de ninguém.
Por ti espero
Ausente na penumbra da minha cegueira
Enquanto a vida se agita
No odor do amanhecer, intenso e sem sabor.
Sob os meus pés fatigados
De tamanho peso suportarem
Jaz agora uma lágrima eterna, endurecida…
E o tempo voa…
Por ti espero
E nem sei se vale a pena…

foto from olhares.com

28/08/08

Onde?




Afinal a felicidade habita a rua que eu desconheço…
Tão pouco de mim encontrei
No sorriso prometido (uma vez mais)
E neste constante embalar angustiante
Recomeço, mendigando, o caminho do coração.
Espera-me! Encontra-me!
Eu sinto a força desvanecer.
A rua que eu desconheço, segundo as vozes felizes,
Fica ao alcance de um olhar, de um desejo agitado,
De um sorriso aberto. Fica ao meu lado.
Eu olho…olho…olho…
E simplesmente vejo encruzilhadas.