25/04/08

Sem muito para dizer

Sem muito para dizer, afirmo minha vontade de gritar
Como quem sufoca com um beijo apaixonado.
E entre um sorriso perdido, um olhar esquivo
Perco-me em tempo real, dentro de um mar revolto,
Dentro um vento agressivo que sopra palavras
Que só eu posso entender.
Ilusões, perdições, sentimentos,
Corações empobrecidos que não conhecem
A simbiose do conjugar e do sentir.
Sem muito para dizer, afirmo minha vontade de soletrar,
Devagarinho, saboreando cada letra, numa associação de hiperligações.
E do vento agressivo, do mar revolto, do sufoco
Surgem frases inteligíveis fruto de um tempo efémero
Que na minha vontade de gritar são ecos que se propagam para além do horizonte.

1 comentário:

Durval Silva disse...

Igual a ti mesmo. Sim senhor, muito hábil com as palavras e cheias de sentimento.